Sheik brasileiro fala sobre a cultura do Irã em palestra no Paço Municipal
- balancocri
- 2 de jun. de 2014
- 2 min de leitura

Sheik Rodrigo Jalloul (Foto: Jair Malavazi)
A Prefeitura de Guarulhos, por meio da Coordenadoria de Relações Internacionais, realizou nesta segunda-feira (2) uma palestra sobre o Irã, país cujo a delegação ficará hospedada na cidade durante o período da Copa. Os jogadores e a comissão técnica do time iraniano desembarcam em Guarulhos nesta terça-feira.
Ministrada por Rodrigo Jalloul, primeiro e único sheik xiita brasileiro, a palestra abordou assuntos como política, religião e a cultura do povo iraniano. Jalloul deu início ao evento explicando a diferença entre xiitas e sunitas e destacou que 96% da população do Irã faz parte do primeiro grupo. “Os outros 4% são formados por sunitas, judeus, cristãos e zoroastrianos”, completa o sheik.
Entre outros assuntos, Jalloul falou sobre o sistema político do Irã, que tem um líder supremo, presidente, deputados e outros cargos parecidos com os do Brasil. Na economia, os destaques são o petróleo, gás natural e a maior indústria automobilística do Oriente Médio.
Os jovens são maioria entre os 70 milhões de habitantes do país. Na área de educação, o sheik ressalta que 60% dos estudantes universitários são mulheres. “Ao contrário do que imaginam, no Irã as mulheres são respeitadas e em casa quem manda são elas”, brinca o palestrante.
Outro campo muito respeitado pelos iranianos é o da religião. Apesar de ser minoria, judeus, cristãos e zoroastrianos têm escolas, material didático e templos próprios. No esporte, a especialidade é a luta greco-romana, mas o futebol é uma grande paixão. “Eles sabem que não têm chance na Copa, mas já fizeram uma grande festa só por terem sido classificados para o torneio”, explica Jalloul.
Na cidade de Abadan, o amor não é só por futebol, mas sim pelo Brasil. As cores do time da cidade são verde e amarelo e a bandeira do clube é uma cópia da brasileira. No país, a rivalidade não é problema. Torcidas dividem a mesma arquibancada nos estádios sem briga.
Em comparação à cultura brasileira, dois temas são mais delicados: a alimentação e a maneira de cumprimentar. Iranianos não comem carne de porco, principal ingrediente da nossa feijoada, e as carnes de boi e frango têm um ritual religioso para serem preparadas. Na hora de cumprimentar, as mulheres jamais devem tocar no homem. Beijos e abraços, como é bem comum no Brasil, nem pensar. Aperto de mãos só entre homens.
Comments